Descoberta há 100 anos, insulina garante vida normal para diabéticos

 

Vacina

Insulina, a grande revolução


Todas as pessoas com diabetes tipo 1, no planeta, podem ter expectativa de vida como a população em geral por causa da insulina. Antes da descoberta da insulina, cujo centenário se celebra este ano, o diagnóstico de diabetes mellitus tipo 1 (criança e adulto jovem), era uma condenação à morte. Da descoberta – de Frederic Banting e Chrales Best, da Universidade de Toronto (Canadá) em 1921- até hoje, foram muito avanços.

“Uma verdadeira revolução no tratamento. E as pesquisas continuam para se chegar à insulina de uso oral ou por inalação nasal”, pontua Reine Chaves, diretora do Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia - CEDEBA.

Com a insulina, pessoas com diabetes tipo 1 ( usam desde o diagnóstico) e os do tipo 2, podem levar vida normal. Além da aplicação correta, é preciso também fazer exercícios físicos e ter alimentação saudável.

O diabetes tipo 1 (criança e adulto jovem) é de origem autoimune e se manifesta de forma abrupta e o do tipo 2, que representa 90% dos casos – é silencioso. É preciso ter cuidados para evitar as principais complicações associadas à doença como pé diabético, retinopatia e nefropatia, que se manifestam em ambos os tipos.


O Cedeba

CEDEBA

O Cedeba faz a dispensação regular da insulina para os usuários, que vão desde as insulinas convencionais como as NPH e regular, bem como os análogos de insulina de ação basal até as de ação rápida. No caso dos análogos de insulina, indicados principalmente quando o diabetes é de difícil controle, com manifestações de hipoglicemia durante o sono , a Bahia saiu na frente.

Por meio de um protocolo que estabelece critérios para a dispensação, os análogos de insulina são garantidos não só aos usuários do Cedeba , mas a qualquer cidadão da Bahia. Atualmente possui um atendimento médio mensal, para insulinas convencionais, de 885 pacientes e de 1950 pacientes para análogos. São dispensadas, em média, 6.350 canetas de insulina análoga da ação basal.


#NOVEMBROAZUL


O trabalho da enfermagem

A equipe de enfermagem tem um papel muito importante para ensinar a prática segura na aplicação da insulina, como destaca a enfermeira e coordenadora de Educação em Diabetes e Apoio à Rede (CODAR), do Cedeba, Graça Velanes.

“Trabalhamos com o propósito de empoderar a pessoa para realizar a aplicação de insulina de forma correta, afim de manter as glicemias o mais próximo das metas estabelecidas e prevenir complicações agudas e crônicas e promover a autoconfiança das pessoas insulinizadas”.

Segundo a coordenadora da CODAR, a educação é fundamental para a qualidade de vida da pessoa com diabetes e a integração de toda a equipe de saúde fortalece os processos de autocuidado e autogestão. “Insulina é vida. A preservação da vida com qualidade é fundamental”, destaca.


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